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Mostrando postagens de 2011

A Morte Devagar - Martha Medeiros

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições. Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, qu...

O valioso tempo dos maduros

Mário Pinto de Andrade - "O valioso tempo dos maduros" Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. 'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. ...

O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens. Tomando a palavra, disse-lhes:   - Em verdade, em verdade vos digo: - Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. - Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. - Felizes os misericordiosos, porque eles...? Pedro o interrompeu: - Mestre, vamos ter que saber isso de cor? André perguntou: - É pra copiar? Filipe lamentou-se: - Esqueci meu papiro! Bartolomeu quis saber: - Vai cair na prova? João levantou a mão: - Posso ir ao banheiro? Judas Iscariotes resmungou: - O que é que a gente vai ganhar com isso? Judas Tadeu defendeu-se: - Foi o outro Judas que perguntou! Tomé questionou: - Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo? Tiago Maior indagou: - Vai va...

Geração Y

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos ...

Como você quer ser lembrado?

Quando eu tinha 13 anos, tive um professor inspirador. Certa vez, ele dirigiu-se aos alunos da sala, perguntando a cada um: "Como você quer ser lembrado?" Nenhum de nós, é claro, tinha a resposta. Então, ele sorriu e disse: "Não esperava mesmo que vocês tivessem a resposta. Mas se vocês ainda não puderem responder essa pergunta quando estiverem próximos dos seus cinqüenta anos de idade, terão desperdiçado suas vidas." A turma se formou e muito tempo se passou. No 60º encontro desse grupo de ex-colegiais, muitos de nós ainda estavam vivos, porém não mantinham contato desde a formatura, de forma que o bate-papo, no início, estava um pouco artificial. Finalmente, um de nós perguntou aos demais: "Vocês se lembram do professor Pfliegler e aquela pergunta que ele fez?" Todos nós lembramos. E cada um de nós disse que aquela pergunta tinha feito toda a diferença, ainda que não a compreendíamos quando já estávamos "na casa dos quarenta". Com 25 ...

Trabalho

Valendo um ponto extra, se mandar por e-mail, com nome e turma certo um produto ou serviço para Geração Y. Até o dia 22/06/2011.                                           PRAZO    ENCERRADO