A maioria das aulas que tive foi expositiva. Um professor, normalmente mal pago e por isso mal-humorado, falava horas a fio, andando para lá e para cá. Parecia mais preocupado em lembrar a ordem exata de suas ideias do que em observar se estávamos entendendo o assunto ou não. Ensinavam as capitais do mundo, o nome dos ossos, dos elementos químicos, como calcular o ângulo de um triângulo e muitas outras informações que nunca usei na vida. Nossa obrigação era anotar o que o professor dizia e na prova final tínhamos de repetir o que havia sido dito. A prova final de uma escola brasileira perguntava recentemente se o país ao norte do Uzbequistão era o Cazaquistão ou o Tadjiquistão. Perguntava também o número de prótons do ferro. E ai de quem não soubesse todos os afluentes do Amazonas. Aprendi poucas coisas que uso até hoje. Teriam sido mais úteis aulas de culinária, nutrição e primeiros socorros do que latim, trigonometria e teoria dos conjuntos. Curiosamente não ensinamos n...