Depois
de ler o livro - Quando Nietzsche Chorou, fiquei pensando como seria um diálogo
na atualidade com Frederick Taylor, considerado o Pai da Administração. Eu
conto a história da administração e os ensinamentos do Taylorismo nas aulas de
administração, onde tínhamos a Revolução Industrial com a metáfora do relógio e
da máquina, tudo certinho com suas engrenagens funcionando o tempo todo e a
“todo vapor”.
Taylor
tomou conhecimento dos problemas sociais e empresariais decorrentes da
Revolução Industrial e com o estudo de tempos e movimentos começa a aplicar nos
seus métodos de trabalho, a Ciência, em lugar de empirismo, racionalização do
trabalho, análise das tarefas de cada operário, decompondo seus movimentos e
processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente.
Tudo era lento, previsível e com pouca tecnologia.
Taylor
assegurava que as indústrias de sua época padeciam de alguns problemas,
“vadiagem no trabalho”, desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho,
falta uniformidade das técnicas ou dos métodos de trabalho.
Pois
bem, saiba senhor Taylor que isto não pode ser dito hoje, pode ser ofensivo,
hoje estamos em uma “nova” Revolução Industrial com robótica, avanços
tecnológicos, consciência ambiental, globalização e mais recentemente
movimentos antiglobalização. Pois, a história insiste em repetir-se em formas
de ciclos, respeitando a troca de personagens.
O
senhor sabe que a tecnologia é a grande queridinha do momento, mas ainda temos
o operário, o trabalho intelectual e a importância do executivo, sempre que
possível as máquinas entram para substituir o trabalho repetitivo, surgiu a
inteligência cognitiva e artificial.
O
problema disso tudo é que quase todas as pessoas estão conectadas através de um
celular ou outros dispositivos, e isso senhor Taylor derrubou a produtividade,
o relacionamento, a atenção das pessoas, no aeroporto, no trabalho, dirigindo,
nas reuniões, nas palestras, treinamentos, aulas, shows e em todos os lugares
que o senhor possa imaginar, mas isto é moderno, portanto, igual ao livro em
que Nietzsche Chorou, pode chorar, pois, os tempos modernos agora pregam
rapidez, criatividade, insegurança, mudanças constantes e muita tecnologia.
Eu
acredito conforme algumas pesquisas em simplicidade, transparência, o melhor
técnico no melhor lugar, competência, sinceridade, praticidade, gestão do
conhecimento e menos celular e mais produtividade.
Chora senhor
Taylor.
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