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Mostrando postagens de 2020

Jorge Paulo Lemann: Lições de um dos Maiores Empresários do Brasil e do Mundo

  Jorge Paulo Lemann   completou em 26 de agosto de 2020, 81 anos. Considerado por muitos o maior empresário brasileiro de todos os tempos, o bilionário é o principal nome por trás da   3G   Capital , empresa que controla, dentre diversos outros negócios, a   ABInbev   (maior cervejaria do mundo) e a   Kraft   Heinz . Conhecido como “Conquistador da América”, titulo atribuído ao empreendedor pela revista  Forbes  em 2014,  Lemann  é referência no mercado de ações e empreendimentos, acumulando uma fortuna de US$17.6 bilhões em Agosto de 2020 e possuindo uma parceria com um dos maiores investidores do mundo, o diretor executivo da  Berkshire   Hathaway ,  Warren   Buffet . Abaixo, algumas das principais respostas de Lemann durante a conversa: 1) Cultura e Resultado Cultura é uma das coisas mais importantes numa empresa. Quando examino um investimento numa empresa, estou muito interessado na cultura da empresa,...

Ninguém Foi Treinado a Administrar Crises?

Uma das vantagens de se ter uma formação em Administração, é que se estuda a disciplina  Crisis Management. Ela é essencial para a formação de um administrador, porque crises ocorrem frequentemente. Estudamos também mega crises, como o caso Tylenol, 2008, e assim por diante. Aprendemos de médicos de centros cirúrgicos, bombeiros e profissionais de relações públicas, como no caso da Vale. Tenho a nítida impressão de que nenhum especialista em Administração de Crises foi acionado, aqui ou no mundo. Não pretendo dar uma aula, eu não me interessei por esse assunto, mas de alguma coisa eu me lembro. Numa crise se muda o organograma da empresa. Não será o Presidente da empresa que mandará na crise, mas o maior especialista do assunto, na empresa. Nesse caso, o Presidente seria o Ministro da Saúde, e até Bolsonaro precisaria obedecê-lo. (Algo me diz que nem organograma temos por que Reforma Administrativa, como todos nós sabemos, significa mudanças no organograma, e não c...

Seis erros que o executivo comete na gestão de riscos

Autor de A Lógica do Cisne Negro, Nassim Taleb sustenta, com os demais autores do artigo, que a cartilha convencional da gestão de risco não prepara ninguém para a realidade. Nenhum modelo, por exemplo, foi capaz de prever o impacto que a atual crise econômica teve ou está tendo em certas partes do globo.   Ao lidar com o risco, o gestor comete seis erros comuns: tenta prever eventos extremos, busca se orientar pelo passado, ignora conselhos sobre o que não fazer, usa o desvio padrão para calcular o risco, não entende que equivalência matemática não é o mesmo que equivalência psicológica e acredita que, quando o assunto é eficiência, não há espaço para redundância. A empresa que fechar os olhos para cisnes negros (eventos de baixa probabilidade e alto impacto) sucumbirá. Mas, em vez de tentar prever um cisne negro, é preciso reduzir a vulnerabilidade geral da empresa a um episódio desses.   É quase impossível prever um “cisne negro”. Em vez de insistir na ilusão de que...

Governança Corporativa, onde? Adivinha.

Estava eu na Chechênia conversando com alguns colegas sobre ética, valores, governança corporativa e compliance e passamos por alguns conceitos para ao final chegarmos algumas conclusões. Considerando: A ética, enquanto disciplina teórica, estuda os códigos de valores que determinam o comportamento e influenciam a tomada de decisões num determinado contexto.  Estes códigos de valores têm por base um corpo tendencialmente consensual de condutas e princípios moralmente aceites, que determinam o que deve ou não deve ser feito em função do que é considerado certo ou errado. No ambiente organizacional e na gestão em empresas em particular, a ética estuda os códigos morais que orientam as decisões empresariais, na medida em que estas afetem as pessoas e a comunidade envolvente Sobral (2010). Conforme Morin (2001, p.82) “toda a evolução é fruto do desvio bem-sucedido cujo desenvolvimento transforma o sistema onde nasceu: desorganiza o sistema, reorganizando-o”.  ...

O que é o ‘cisne verde', que pode causar a próxima crise financeira mundial

Quando o dinheiro estava correndo fartamente nos corredores de Wall Street e a festa parecia nunca acabar, poucos viram que uma crise financeira brutal estava a caminho. Seus efeitos profundos pelo mundo contam esta história até hoje. Após a crise de 2008, a urgência em tentar antecipar crises como essa cresceu tanto quanto o medo da reincidência. Foi nessa época que os economistas começaram a usar o termo "cisne negro" para se referir a eventos fora da curva e que têm um forte impacto negativo ou até catastrófico. Na semana passada, o Bank for International Settlements (BIS), conhecido como "o banco dos bancos centrais", com sede na Suíça, publicou o livro  The green swan  (O cisne verde), um estudo de Patrick Bolton, Morgan Despres, Luiz Pereira da Silva, Frédéric Samama e Romain Svartzma. A partir do cisne negro, os autores criaram a figura do "cisne verde" para se referir à perspectiva de uma crise financeira causada pelas  mudanças climáticas...