Essas revoluções ou transformações que estamos vivenciando, dependeram de um pacote de várias inovações e invenções secundárias diferentes que se desenvolvem umas às outras. A seguir, confira algumas reflexões sobre os objetivos deste mundo planejado no metaverso e como ele pode mudar nossas vidas.
O que é metaverso?
O termo metaverso é uma combinação do prefixo meta – que significa além – e verso, que se relaciona com o universo. Essa palavra apareceu pela primeira vez no livro de ficção científica de 1992, Snow Crash, do escritor Neal Stephenson. Em sua história, as pessoas usaram de realidade virtual (VR) para interagir dentro de um mundo de tecnologia semelhante a um jogo, confira um trecho do livro:
“Metaverso é uma rede persistente de mundos e simulações renderizadas em tempo real e 3D, que oferecem identidade contínua a objetos, história e direitos, que podem ser experimentados de forma síncrona por um número ilimitado de usuários, cada um com sua presença individual.”
Com isso, o metaverso descreve um mundo não físico no qual os indivíduos podem interagir por meio de diferentes tipos de tecnologias virtuais. Por exemplo, um metaverso pode permitir que pessoas que vivem em diferentes cantos do mundo se encontrem por meio da tecnologia e virtualmente saiam de férias, pratiquem esportes ou trabalhem juntas em projetos.
“O jeito que você imagina o futuro muda suas ações no tempo presente. Portanto, não é apenas o presente que constrói o futuro, o futuro também constrói o presente.” – Thomas Frey
A pandemia contribuiu para aceleramos nossas relações virtuais, e as redes sociais foram o treinamento inicial para o metaverso, onde treinamos sermos o objeto de desejo das pessoas. Na realidade, a visão completa do Metaverso está a décadas de distância. Requer avanços técnicos extraordinários que estamos longe de ser capazes de produzir simulações persistentes compartilhadas que milhões de usuários sincronizam em tempo real. Além disso, exigirá revisões nas políticas de negócios e mudanças no comportamento do consumidor.
Mas o termo se tornou popular recentemente porque podemos senti-lo começando, principalmente em função do que o Facebook fez no mercado com a mudança para Meta. Ou seja, estas são algumas das razões pelas quais Fortnite e Roblox são também tão confundidos com o Metaverso. Assim como o iPhone parece a internet móvel porque o dispositivo incorporou as muitas inovações que permitiram que a internet móvel se tornasse mainstream.
As principais tecnologias que compõem o metaverso
Em outras palavras, não devemos esperar uma definição única e esclarecedora sobre “Metaverso”. Especialmente em uma época em que o Metaverso apenas começou a surgir para a grande massa. A transformação impulsionada pela tecnologia é um processo orgânico e imprevisível. Para isso, é fundamental entender os conceitos a seguir:
1. Realidade Virtual (VR)
A realidade virtual (VR) é um ambiente 3D criado por computador que simula o mundo real e permite que os participantes interajam totalmente. Para usar a tecnologia atualmente requer óculos especiais equipados com fones de ouvido e sensores.
2. Realidade Aumentada (AR)
A realidade aumentada combina aspectos dos mundos virtual e físico. Ao contrário da VR, a realidade aumentada insere elementos virtuais no mundo real. Um dos maiores exemplos de VA (sigla para Realidade Aumentada) é o jogo Pokémon Go, onde as pessoas usam suas câmeras de smartphones para capturar criaturas virtuais em um mapa baseado no mundo real. Existem até óculos especiais que exibem informações da lente.
3. Realidade Mixada
Na realidade mixada, existe uma interação real com objetos virtuais, ou seja, mescla a realidade virtual e aumentada. Com isso, a inteligência artificial (IA) entenderá como funciona o mundo em primeira pessoa, depois irá aprender com uma infinidade de vídeos e fotos e será capaz de auxiliar qualquer pessoa a interagir com o mundo a sua volta.
4. Web 3.0
Os entusiastas do metaverso acreditam que a web 3.0 dará o pontapé inicial para a web 3.0. Nessa nova era, a internet será mais imersiva (realidade virtual), descentralizada e aberta. Mas para entender mais a fundo isso, precisamos entender mais a fundo as últimas duas eras.
- Web 1.0 – Era da passividade – Durante o ano de 1990 até 2000, os usuários consomem o coisas na internet, empresas criam e ganham dinheiro.
- Web 2.0 – Era da interatividade – Após o ano 2000 até o momento, onde usuários criam coisas na internet, empresas controlam e ganham dinheiro. O lado negativo dessa Era é o oligopólio de empresas e insegurança de dados.
- Web 3.0 – Era da descentralização e privacidade – Em um futuro próximo usuários irão poder criar, controlar e ganhar dinheiro na internet.
5. NFTs
O termo NFT significa a abreviação de “token não fungível” (non-fungible token, em inglês), que tem a capacidade de vender produtos que não existem no mundo físico e quem compra, passa a ter o direito de uso pelo registro no Blockchain.
Colunista A+ no AAA inovação, Graduado em Administração (PUCRS), Pós Graduado em Comunicação, Finanças, Branding e Marketing (ESPM). PhD e Mestre em Inovação (UNISINOS). Possui 25 anos de experiência em indústria e varejo, dirigindo as áreas de Inteligência de Marketing, Inovação e Transformação Digital em multinacionais e empresas de grande porte. Possui Certificação em Inovação (Harvard), em Business (MIT) e IA (INSEAD).
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