Livro: Homo Deus – Yuval Harari
Alguns recortes do livro, a ideia não é pregar algo, somente recortes e reflexões:
“ Hoje, a principal fonte de
riqueza é o conhecimento.
Epicuro definiu que a felicidade
como o bem supremo, advertiu seus discípulos de que ser feliz exige trabalho
duro. Conquistas materiais não proporcionam satisfação por muito tempo.
O teto de vidro da felicidade é
mantido no lugar por dois pilares sólidos, um psicológico e outro biológico. No
nível psicológico, a felicidade depende mais de expectativas do que condições
objetivas. À medida que as condições
melhoram, nossas expectativas inflam.
A predição de que no século XXI provavelmente
a humanidade visará à imortalidade, à felicidade e à divindade pode
encolerizar, alinear ou amedrontar muita gente.
Conhecimento que não muda o comportamento
é inútil. Quanto mais dados tivermos e quão melhor compreendermos a história,
mais rapidamente nosso conhecimento se tornará obsoleto.
Palácios reais e castelos ducais
fizeram do Gramado um símbolo de autoridade. No final da era Moderna, quando
reis eram derrubados e duques guilhotinados os novos presidentes e primeiros
ministros conservavam os gramados.
Em torno de 99% de nossas decisões
- inclusive as escolhas mais importantes da vida referentes à cônjuges,
carreiras e habitats são tomadas por algoritmos altamente sofisticado que
chamamos de sensações, emoções e desejos.
Antes da invenção da escrita, as
histórias estavam confinadas aos limites da capacidade do cérebro humano.
À medida que acumulam poder, as
burocracias se tornam imunes aos próprios erros. Em vez de mudar sua história para
se adequar à realidade, elas são capazes de mudar a realidade para adequá-las
às suas histórias.
A História não é uma narrativa
única, mas milhares de narrativas alternativas. Sempre que escolhemos contar
uma delas, escolhemos também silenciar outras.
A afirmação de que a religião é
uma ferramenta utilizada para preservar a ordem social e organizar uma
cooperação em grande escala, pode aborrecer aqueles para a qual ela representa
um caminho espiritual. Portanto, religião é um trato, enquanto
espiritualidade é uma jornada.
A modernidade é um contrato. Todos
nós aderimos a ele no dia em que nascemos e ele regula a nossa vida até o dia
que morremos.
O que são exatamente experiências?
Não são dados empíricos. Uma experiência não é feita de átomos, proteínas ou
números. Uma experiência é, sim, um fenômeno subjetivo que inclui três ingredientes
principais: sensações, emoções e
pensamentos.
Se você quiser que as pessoas
acreditem em entidades imaginárias como deuses e nações, deve fazer com que
sacrifiquem algo valioso.
A questão mais importante na
economia do século XXI, pode bem ser o que fazer com todas as pessoas
supérfluas?
Organismos são algoritmos. Todo
animal - inclusive o Home Sapiens é uma montagem de algoritmos orgânicos
modelada pela seleção natural durante milhões de anos de evolução.
A 5 mil anos atrás uma grande
porção da suméria pertencia a deuses imaginários, como Enki e Inana. Se Deuses
podiam possuir terras e empregar pessoas, por que não os algoritmos?
Uma vez que o Google, o Facebook
e outros algoritmos são hoje oráculos oniscientes, eles podem perfeitamente
evoluir e se tornar agentes e, depois soberanos.
Em 1914, a elite japonesa tinha
interesse em vacinar os pobres e construir hospitais e sistemas de esgotos nos
cortiços porque, se seus membros quisessem que o Japão fosse uma nação forte
com um exército e economia forte, precisaria de muitos milhões de soldados e
trabalhadores saudáveis.
A religião dos dados - segundo o dataísmo o universo consiste
num fluxo de dados e o valor de qualquer fenômeno ou entidade é determinado por
sua contribuição ao processamento de dados. O dataísmo está em entrincheirado
firmemente em duas disciplinas mãe: a
ciência da computação e a biologia.
Na conclusão deste livro tem algumas reflexões:
“A ciência está convergindo para
um dogma que abrange tudo e que diz que organismos são algoritmos, e a vida,
processamento de dados.
A inteligência está se
desacoplando da consciência.
Algoritmos não conscientes, mas altamente
inteligentes poderão, em breve, nos conhecer melhor do que nós mesmos.
O autor encerra o livro com
algumas questões chave:
Será que os organismos são apenas
algoritmos, e a vida apenas processamento de dados?
O que é mais valioso - a
inteligência ou a consciência?
O que vai acontecer à sociedade,
aos políticos e à vida cotidiana quando algoritmos não conscientes, mas
altamente inteligentes nos conhecerem melhor do que nós nos conhecemos?”
Portanto, eu fiz apenas alguns
recortes do livro, não foi a intenção resumir e nem pregar nada, somente
recortar algumas frases ou tópicos, que daria um bom “vinho filosófico” com
pessoas esclarecidas, é Claro.
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